Segurança psicológica e o tal do bem-estar – parte 2

Por Regiane Favaro

O tempo que gastamos no trabalho, com aquilo que não é trabalho, tem relação com um termo pouco conhecido por nós – entropia cultural. Quanto mais tempo você gasta com burocracia e preocupações que não se transformam em resultados, menor é a chance de você realmente estar engajado com o trabalho e os resultados.

Naturalmente um time com baixa segurança psicológica, também é um time com alta entropia cultural e, portanto o engajamento também está severamente comprometido.

Mas, com o medo de perder o seu emprego, de ser criticado em grupo ou de não cumprir com uma expectativa de trabalho, seja com você mesmo, com um cliente, ou com o seu líder, faz com que você mesmo cansado, cercado de “coisas que não são trabalho de verdade”, e com pouco tempo para realizar aquilo que precisa ser feito, vai lá… trabalha mais um pouco e faz. Entrega seu resultado a um custo pessoal altíssimo e já sem prazer algum. Somente tirando dos ombros o peso de ter cumprido aquilo que era “sua obrigação”.

É nesse ponto que a segurança psicológica dentro de um time faz toda a diferença. Já imaginou que bom seria saber que no seu time as coisas podem ser ditas, os problemas reais são tratados. Se você pudesse contar com o apoio de seus colegas e fosse apreciado por aquilo que você realmente tem de melhor? E se você não tivesse insegurança de expor seus medos, dúvidas e ideias? E se arriscar algo novo, fosse estimulado e amparado pelo seu time, e todos celebrassem com você, dando certo ou dando errado, porque houve aprendizado.

Ah! Ai sim, estaríamos falando de um time com bons níveis de segurança psicológica.

E é aí, que a segurança psicológica se encontra com o bem-estar e a saúde mental, se dão as mãos e tornam o dia de trabalho algo leve e prazeroso. Um lugar onde o time se vê como tal, pois tem os mesmos objetivos e buscam o mesmo gol, com empatia e apreciação. Um ambiente que é construído com consciência e coragem, porque não é nada simples estar de peito aberto, correndo riscos interpessoais e mostrando suas vulnerabilidades. Mas é o único ambiente onde, inovação, resultados, aprendizado tem chance de caminhar juntos e de forma sustentável. Porque o que se faz nesse time é “só trabalho”, sem medo da ligação do líder, sem estresse destrutivo, sem relações tóxicas, que tanto nos fazem mal e acabam com a nossa saúde.

Mas é só para os corajosos… afinal de contas, ser você mesmo é um ato de coragem!

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Artigo escrito por nossa aluna certificada, extraído do Linkedin